O papel da mulher na vida da Igreja em debate no Congresso de Espiritualidade dos institutos carmelitas e teresianos

O papel da mulher na vida da Igreja esteve no centro do 11º Congresso de Espiritualidade, que decorreu de 20 a 22 de outubro, na Domus Carmeli, em Fátima.

“A razão [da escolha do tema] foi muito na sequência das tomadas de posição do Papa Francisco que nos fala muito da importância da mulher na Igreja, da Igreja feminina, da importância da dimensão feminina na vida da Igreja e também na sociedade em geral”, adiantou o padre Joaquim Teixeira, diretor da Domus Carmeli, à Agência ECCLESIA.

Promovido pelos Institutos Religiosos de inspiração carmelita e teresiana e sob o lema “Espiritualidade no feminino”, o congresso contou com várias temáticas, nomeadamente:  um novo olhar sobre a família; mulheres que a Bíblia exalta; o feminino na espiritualidade cristã; a Igreja, mulher e mãe como Maria; sinais de esperança para uma espiritualidade no feminino e a mulher em Edith Stein: antropologia e espiritualidade.

Com cerca de 200 participantes, o congresso contou com a presença de vários oradores, entre os quais a irmã Maria de Fátima Moreira, Helena Castro e D. António Couto, Bispo da diocese de Lamego.

“Os conferencistas e os participantes ficaram muitos felizes com todo o desenvolvimento da reflexão que se reproduziu no congresso. Foi realmente muito boa, porque nos põe a clarificar a linguagem que é preciso ter sobre este tema”, destacou o padre Joaquim Teixeira.

O sacerdote assinalou ainda a importância de a Igreja continuar a dar voz ao assunto: “Precisamos de falar sobre estes temas para criamos um quadro conceptual que nos permita ter posições clarificadas em relação a este tema tão delicado, mas tão importante da atualidade”.

Apesar da relutância do público aquando da divulgação do tema “Espiritualidade no feminino”, o diretor da Domus Carmeli afirmou que o balanço do congresso é “muito positivo” e que esta será uma temática para explorar.

“Nós, no fim de cada congresso, pedimos sempre a avaliação dos participantes e as avaliações ainda não estão apuradas, mas vão claramente nesse sentido: que não descolemos deste tema, que continuemos a aprofundá-lo”, referiu.

Questionado sobre qual o impacto que gostaria que o congresso tivesse deixado no público, o padre Joaquim Teixeira tem o desejo de não deixar morrer o tema.

“Sobretudo que continuemos muito a dialogar e a descobrir a igualdade e complementaridade homem-mulher na vida da Igreja”, concluiu.

Fonte – Agência Ecclesia