O Seminário Missionário Carmelita

História

O Seminário Carmelita é uma instituição cuja missão é o acompanhamento, a formação e a ajuda no discernimento vocacional de candidatos à vida religiosa carmelita e, eventualmente, ao ministério sacerdotal.

O desempenho desta missão transcende os limites de um determinado espaço geográfico. Mais do que um espaço físico, o Seminário pode ser considerado uma realidade de certa forma espiritual. O Seminário Carmelita insere-se nessa lógica; não surpreende pois que ao fazer a sua história a dispersemos por diversos locais:

Miranda do Douro - (1949)

Depois do começo da Restauração (1930), de Roma insistiam os Superiores em que se abrisse um Seminário, uma vez que os Carmelitas já se encontravam em Portugal desde 1930 e não tinham ainda qualquer um.

Depois de terem falado com as Irmãs de Clausura, que se encontravam em Moncorvo desde 1947, os Freis Rafael Rangel e Eliseu Maia conseguiram entrar em contacto com o Bispo de Bragança, D. Abílio Vaz das Neves, que lhes facilitou a abertura do Seminário na Casa Paroquial de Miranda do Douro.

Para aí partiram, em 27 de Julho de 1949, os Freis Carlos Martins Gil e Rafael Rangel, vindos de Lisboa. Chegaram às 09 horas da noite e eram aguardados pelo Pároco, bastante povo e representantes da Câmara Municipal. A Casa estava em mau estado e teve de ser remodelada. Junta-se a estes o Frei Celso Figueiredo, vindo do Brasil em 07 de Outubro.

Assim, o Seminário é oficialmente aberto em 13 de Outubro de 1949. Em condições muito difíceis, começa, então, o Seminário com 11 rapazes, dois dos quais acabaram por chegar ao Sacerdócio.

A 09 de Junho de 1950 chega a Portugal o Pe. Geral, Kiliano Lynch, acompanhado do Assistente Geral, J. Melsen. Reúne-se com a Comunidade e, vendo as condições em que se encontravam, manda encerrar o Seminário e procurar outro lugar. É então que, a 14 de Junho, o Frei Celso Figueiredo parte para Braga, em busca dum lugar para o Seminário.

Braga (Bernardo Sequeira) - (1951)

O Frei Celso Figueiredo foi falar com o Senhor Arcebispo de Braga que, embora facilitando tudo, não tinha casa disponível. Em Outubro encontra-se uma Casa na Rua Bernardo Sequeira. Essa Casa é comprada, com a ajuda da Província da América, e adaptada a Seminário.

Em Novembro de 1950 vem para Braga o Frei Nuno Castro, que fica com o Frei Carlos Martins Gil. Começam as obras de adaptação da Casa a Seminário e também os confrades vão sendo transferidos.

Finalmente, a 15 de Outubro de 1951, é inaugurado o Seminário, com a presença do Provincial da Província Bética, Frei Gregório Barbancho. Estiveram também presentes o Vigário Geral da Diocese e o Presidente da Câmara Municipal, António Maria Santos da Cunha. Aí iniciaram os seus estudos 16 rapazes, vindos de várias partes de Portugal.

Falperra - (Braga) - (1954)

Nesta altura já a Província Fluminense (Rio de Janeiro) do Brasil tinha assumido a obra de restauração do Carmelo Português, nomeando para Comissário o Frei Cirilo Alleman. Este, quando chega, depara-se com um problema: a necessidade de conseguir Casa para Noviciado, uma vez que há 5 finalistas e 24 alunos, sendo a Casa de Braga muito pequena.

Depois de várias buscas, o Frei Cirilo Alleman consegue, embora contra a vontade de alguma gente de Braga, alugar uma Casa na Falperra (Braga), pertença da Confraria de Santa Marta e Santa Maria Madalena.

Assim, em 15 de Setembro, iniciam o seu Noviciado cinco rapazes, na Casa de Braga, e o Seminário passa a funcionar na Falperra. Começam aí 68 alunos, dos quais 44 novos. Oficialmente, o Seminário é aberto na Falperra em Outubro.

Sameiro (Braga) - (1967)

No entanto, havia a noção que viver numa casa arrendada era uma situação provisória. Assim, em terrenos em parte doados pela Confraria do Sameiro, construiu-se, de raiz, um novo Seminário, com esmolas dadas pelos Benfeitores, sobretudo da Alemanha e da Holanda. Tendo sido benzida a Primeira Pedra em 31 de Maio de 1964, a inauguração, presidida pelo Senhor Arcebispo Primaz de Braga, D. Francisco Maria da Silva, deu-se em 08 de Dezembro de 1967.

Esta Casa só ficou concluída em 1974, ano em que se deixou definitivamente a Casa da Falperra.

Desde aí, foram muitos os alunos e os confrades que passaram pelo Seminário.

Actividades da Comunidade:

  • Ministério Vocacional;
  • Acompanhamento dos jovens do Seminário;
  • Período da Profissão Simples;
  • Assistência religiosa ao Santuário do Sameiro, Igreja de Santa Maria Madalena e à Confraria de Nossa Senhora do Carmo em Braga;
  • Orientação de exercícios espirituais;
  • Ajuda em paróquias e comunidades religiosas;
  • Acolhimento de Grupos.