Fixar o olhar em Maria

Fixar o olhar em Maria


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Hoje os nossos olhos fixam-se em Maria, Mãe da Esperança. No caminho da sua maternidade, teve de atravessar mais do que uma noite. Jovem ainda, responde «sim» à proposta que o Anjo Gabriel lhe faz de ser a mãe do Filho de Deus, embora nada soubesse do destino que A esperava. Mas Ela não é uma mulher que se deprima face às incertezas da vida; nem é uma mulher que proteste e Se lamente contra a sorte que muitas vezes se Lhe apresenta hostil. Pelo contrário, é uma mulher que aceita a vida como vem, com os seus dias felizes mas também com as suas tragédias. Pensemos na noite mais escura de Maria: a crucifixão do seu Filho, quando boa parte dos amigos O abandonou. As mães nunca desistem, nem abandonam. Maria está ao pé da cruz, como estará sempre que for preciso manter uma candeia acesa na noite escura. Nem Ela mesma conhecia o destino de ressurreição que o seu Filho, naquele momento, estava a criar para todos nós. Encontrá-La-emos depois no Pentecostes, no primeiro dia da Igreja, como Mãe da Esperança no meio daquela comunidade de discípulos tão frágeis: um tinha negado o Mestre, muitos tinham fugido, todos estavam cheios de medo. Simplesmente Maria estava lá no seu modo normal de ser, como se fosse algo natural: a Igreja primitiva, envolvida pela luz da Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos primeiros passos a dar no mundo. Maria ensina-nos a esperar, quando tudo parece sem sentido. Por isso, todos nós A amamos como Mãe.

 

Papa Francisco, Resumo da Audiência Geral de 10 de Maio de 2017