Caminhada Quaresmal 2025 com Teresa de Lisieux - Quinta Semana

«Uma pobre pecadora como eu»

5º Domingo da Quaresma, Ano C, 6 de Abril: Nem eu te condeno

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João (Jo 8,1-11)

Jesus foi para o Monte das Oliveiras. Mas, ao amanhecer, foi de novo ao templo, e o povo todo ia ter com Ele. E Ele, depois de Se ter sentado, pôs-se a ensiná-los. Os doutores da lei e os fariseus levaram, então, uma mulher apanhada em adultério e, colocando-a no meio, disseram-Lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Na Lei, Moisés ordenou que apedrejássemos tais mulheres. Ora, Tu que dizes?». Diziam isto para o porem à prova e para terem com que o acusar. Mas Jesus inclinou-se e pôs-se a escrever com o dedo na terra. Como insistiam em interrogá-lo, levantou-se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra». E, inclinando-se de novo, continuou a escrever na terra. Eles, porém, quando ouviram isto, foram saindo, um após outro, a começar pelos mais velhos, deixando-O sozinho com a mulher que continuava ali no meio. Jesus levantou-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse-lhe Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai, e a partir de agora não voltes a pecar».

«meu querido irmãozinho, devo confessar-vos que, na vossa carta, há uma coisa que me causou pena: é que não me conheceis como eu sou na realidade. É verdade que, para encontrar almas grandes, é preciso vir ao Carmelo; tal como nas florestas virgens, nele germinam flores de um perfume e de um brilho desconhecidos do mundo. Jesus, na Sua misericórdia, quis que, entre essas flores, crescessem outras mais pequenas - nunca poderei agradecer-lhe o suficiente - pois é graças a esta condescendência que eu, pobre flor sem brilho, me encontro no mesmo canteiro que as rosas, minhas Irmãs. Ó meu Irmão, peço-vos que acrediteis em mim, Deus não vos deu como Irmã uma grande alma, mas uma muito pequenina e muito imperfeita» (Carta de Santa Teresa ao Padre Maurice Bellière , de 25 de Abril de 1897).

 

O mundo não exalta, senão para humilhar, nem aclama, senão para condenar. Nas minhas conversas sobre os outros, deixo-me levar pela suspeita e pela crítica, o juízo malévolo, a má-língua, a condenação fácil e generalizada, ou procuro antes compreender e perdoar?

Apontei a alguém o estigma da culpa, queimando-o num julgamento sumário, à frente dos outros, sem defesa nem direito a apelo?

Que me interessa: a emenda do próximo ou a sua condenação?

Segunda-feira, 7 de Abril: O caminho da Salvação

«…Ele não faz milagres sem antes ter experimentado a sua fé. Não deixou Ele morrer Lázaro, apesar de Marta e Maria Lhe terem mandado dizer que estava doente?... (…) Mas depois da provação, (…) Lázaro ressuscita!» (Ms A 67vº).

«Eu já sabia que sempre me atendes, mas Eu disse isto (…) para que venham a acreditar…» (Jo 11,42).

Renova a tua confiança em Deus na prova, sabendo que Ele actua para fortalecer a tua fé.

Terça-feira, 8 de Abril: Deixar que Ele nos guie

«Pedia a Jesus que me quebrasse as amarras. Ele quebrou-as, mas de uma maneira muito diferente da que eu esperava...» (Ms A 67vº).

«Desligai-o e deixai-o andar» (Jo 11,44).

Através da oração, tomo um tempo para acolher a Sua Palavra e permaneço confiante para que Ele me ajude a discernir.

Quarta-feira, 9 de Abril: Permaneça no Amor

«Embora não tenha o gozo da Fé, procuro, pelo menos realizar as obras dela» (Ms C 7rº).

«De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras da fé?» (Tg 2,14).

Que posso fazer junto do meu próximo para o amar? Estou do lado da crítica e do julgamento ou no da ternura e da paciência?

Quinta-feira, 10 de Abril: Unidos em Jesus Cristo

«Como amou Jesus os Seus discípulos e por que os amou? (…) Jesus chama-lhes seus amigos, seus irmãos (…) Para lhes abrir o Reino [de seu Pai], quer morrer numa cruz…» (Ms C 12rº).

«Ninguém tem maior amor do aquele que dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13).

Hoje, façamos um acto concreto de entrega pessoal, seja através de uma escuta atenta, de um serviço prestado, seja através de um perdão oferecido. Amar como Jesus é escolher dar-se aos outros sem esperar nada em troca.

Sexta-feira, 11 de Abril: Bem-Aventurados os pobres de coração

«… Compreendi que a única coisa necessária era unir-me cada vez mais a Jesus e que o resto me seria dado por acréscimo. Com efeito, nunca a minha esperança foi iludida...» (Ms C 22vº).

«Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais se vos dará por acréscimo» (Mt 6,33).

Meditando nas Bem-Aventuranças (Mt 5,1-12), tomo um tempo de oração para me deixar amar por Jesus Cristo.

Sábado, 12 de Abril: A Caridade

«A Fé em breve rasgará o seu véu/ A minha Esperança é ver-Te um dia/ A Caridade enche e impele a minha vela/ Vivo de Amor!...» (P 17, 9).

«Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor; mas a maior de todas é o amor» (1Co 13,13).

A caridade cristã é o amor incondicional e desinteressado que Deus nos oferece e nós somos chamados a viver para com o nosso próximo. É a maior das virtudes teologais.