Caminhada Quaresmal 2025 com Teresa de Lisieux - Semana Santa

«Contempla Jesus na sua Face... Aí verás como Ele nos ama»

Excertos da Paixão segundo São Lucas (Lc 23, 33-49)

Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram, bem como aos dois malfeitores, um à direita e o outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte. O povo estava presente a observar. E os chefes, por sua vez, troçavam, dizendo: «Salvou outros, que se salve a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o eleito!». Também os soldados escarneciam dele; aproximando-se, ofereciam-lhe vinagre e diziam: «Se Tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!». Por cima dele havia um letreiro: «Este é o rei dos judeus». Um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo: «Não és Tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!». Mas o outro repreendeu-o severamente, dizendo: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma pena?». Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o que as nossas ações mereciam, mas Ele nada fez de mal». E dizia: «Jesus, recorda-te de mim quando fores para o teu reino». Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso». «Era já quase meio-dia e fizeram-se trevas sobre toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado; o véu do templo rasgou-se a meio e Jesus gritou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou. Ao ver o que acontecera, o centurião pôs-se a dar glória a Deus, dizendo: «Realmente, este homem era justo!». E toda a multidão que se tinha reunido para aquele espetáculo, ao observar o que sucedera, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o seguiam desde a Galileia, estavam presentes a ver estas coisas, mas ao longe.

Contempla Jesus na sua Face... Aí verás como Ele nos ama». (Carta 87, de 4 de Abril de 1889, à sua irmã Celina). 

Toca-nos verdadeiramente no mais profundo de nós mesmos o drama terrível que sofreu Jesus de Nazaré há dois mil anos? Sentimo-nos de facto consternados por esta história a ponto de nos perturbar como se tivéssemos tido nela parte directa, como testemunhas?

Segunda-feira, 14 de Abril: Pedir perdão

«Divino Salvador (…) /com amor, oh! que a Tua voz me chame /dizendo-me: ‘Vem, tudo está perdoado’» (P 41,3).

«Pai, perdoa-lhes: eles não sabem o que fazem» (Lc 23,34).

Tenho alguma coisa a perdoar? Tenho de pedir perdão a alguém?

Terça-feira, 15 de Abril: Reaproximar-me do Seu coração

«Deus já nos vê na glória, Ele GOZA com a nossa bem-aventurança eterna!...» (Cta 108) 

«Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso» (Lc 23,43).

Na oração, peço a graça de permanecer perto do Seu Coração misericordioso.

Quarta-feira, 16 de Abril: Maria, Virgem dos pobres

«…Maria (…) / Refúgio dos pecadores, é a ti que Ele nos deixa/quando abandona a Cruz para nos esperar no Céu» (P 54,22).

«Jesus (…) disse à Mãe: ‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois, disse ao discípulo: ‘Eis a tua Mãe!’ E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua» (Jo 19,26-27).

Neste ano jubilar, confiemos a Igreja à Virgem Maria.

Quinta-feira, 17 de Abril: Testemunhas da Paixão

«Jesus ao imolar-se a Si Mesmo/Disse-nos no último dia:/«Dar a vida por aqueles que amamos/Não há maior amor» (P 29, 9).

«Jesus, sabendo bem que tinha chegado a Sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os Seus que estavam no mundo, levou o Seu amor por eles até ao extremo» (Jo 13,1).

Nós, tal como Teresinha, também podemos contemplar a Paixão de Cristo. Ele une-Se a nós nos nossos sofrimentos?

Sexta-feira, 16 de Abril: O Monte Calvário hoje

«O Redentor morrendo no Calvário/viu-se do Eterno abandonado/ (…) / e agora Ele vê a tua agonia/ouve todos os teus suspiros» (RP 3, 18).

«Cerca das três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: ‘Eli, Eli, lama sabactani’, isto é: ‘Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?’» (Mt 27,46).

Nesta Sexta-feira Santa, rezemos especialmente pelas vítimas das guerras e das injustiças.

Sábado, 19 de Abril: Esperança e Vitória!

«…A fé, (…) para mim, já não é um véu: é um muro (…) Canto simplesmente o que QUERO ACREDITAR» (Ms C 7vº).

«Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito» (Lc 23,46).

Teresa ensina-nos a confiança no amor incondicional de Deus. Espero no amor de Deus e dou-Lhe graças pelas Suas maravilhas!